
Na quarta-feira, 18 de junho – véspera de feriado –, às 19h, o Sebo Baratos traz para nossas praias o evento que chacoalhou Portugal no ano passado: “APRENDE A OUVIR, COMPANHEIRO”!
Luís de Freitas Branco, autor do livro “A Revolução Antes da Revolução – O ano que mudou a música popular portuguesa” (Edições Zigurate), criou as sessões de “Aprende a ouvir, companheiro” em 2024, quando se comemorou os 50 anos do 25 de Abril: data do golpe militar que derrubou a ditadura de Salazar, instalada em 1933 – mesmo ano em que Hitler ascendeu ao poder na Alemanha.
“Aprende a ouvir, companheiro” é o regresso de algo um tanto arcaico, mas delicioso (sorte de quem viveu esse tempo): uma reunião para se escutar LPs e conversar sobre eles. (A parada é tão maneira que hoje virou um hype: os tais “listening bars”, moda criada pelos japoneses.)
LUÍS APRESENTA AS CANÇÕES, COMPOSITOES E INTÉRPRETES QUE INICIARAM A LUTA CONTRA O FASCISMO em Portugal, uns anos antes: 1971, pra ser exato. Discos emblemáticos de José Mário Branco, Sérgio Godinho, Adriano Correia de Oliveira e Carlos Paredes, mas também de Duo Ouro Negro, Tonicha, Amália Rodrigues ou Marco Paulo; no ano do primeiro Cascais Jazz e do Festival de Vilar de Mouros; o ano que deu ao movimento dos capitães a canção-senha “Grândola, Vila Morena”.
UMA REVOLUÇÃO TAMBÉM ESTÉTICA, o grande salto de modernização do cancioneiro português, que absorve elementos do folk e do rock inglês e da chanson française – via um grupo de artistas portugueses exilados em Paris, e que lá gravaram a maioria desses LPs “de intervenção” (aquilo que por aqui chamamos de canção de protesto). Até o fado ganha outro tom.

SOBRE O AUTOR:
Luís de Freitas Branco é mestrando de Ciências Musicais, na Universidade Nova de Lisboa, Consultor de Comunicação e crítico musical. Escreveu para jornais e revistas de Portugal (Público Blitz/Expresso, Diário Económico, Jornal i, e Observador) e do Brasil (O Globo), onde morou uns anos e onde conheceu a esposa Sarah.
“A Revolução Antes da Revolução” é o primeiro livro de Luís de Freitas Branco, uma incursão editorial que se insere numa tradição familiar de escrita e reflexão sobre música: é trineto do compositor Luís de Freitas Branco e bisneto do musicólogo João de Freitas Branco (que estrelou o programa mais longevo da história da TV lusa, sobre música; durou quase 30 anos). Seu avô, também Luís, é fundador de Os Claves, bandas das mais importantes do movimento Iê-Iê – equivalente à nossa Jovem Guarda. Seu pai, Pedro de Freitas Branco, também pesquisador e autor de livros sobre música, liderou a banda Os Apóstolos em Portugal e no Brasil criou com Alexandre Reis a banda White.

As SESSÕES de “APRENDE A OUVIR, COMPANHEIRO” causaram furor em Portugal, ao longo do ano passado. E contou com muitas participações ilustres:
18/3, PORTO: no Coliseu Porto Ageas sobre o álbum ‘Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades’ com Capicua e Carlos Tê.
4/4, LISBOA: no Auditório da PLMJ sobre o álbum ‘Sobreviventes’ com Francisca Cortesão, Sérgio Godinho e Samuel Úria.
11/4, LISBOA: no Auditório da PLMJ sobre o álbum ‘Movimento Perpétuo’ com David Ferreira, Luísa Amaro e Tó Trips.
13/4, SANTIADO DO CACÉM: na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca sobre ‘A Revolução Antes da Revolução’ com Carlos Vaz Marques.
18/4, OEIRAS: no Liceu Luís de Freitas Branco sobre ‘Angola 72’ e ‘Blackground’ com Bonga, Pedro Coquenão e Rui Miguel Abreu.
2/5, LISBOA: no Auditório da PLMJ sobre o Cascais Jazz com João Braga, Maria João e Rão Kyao.
8/5, LISBOA: no Liceu Camões sobre o Festival Vilar de Mouros com Jorge Palma e Tomás Wallenstein.
16/5, SETÚBAL: na Casa da Cultura sobre ‘Cantigas do Maio’ com Cristina Branco e Francisco Fanhais.
23/5, LISBOA: no Liceu Camões sobre o Festival da Canção com João Carlos Callixto, Nuno Galopim e Sofia Vieira Lopes.
26/5, GUARDA: na Guarda-Livros, Feira do Livro da Guarda sobre ‘A Revolução Antes da Revolução’ com Carlos Vaz Marques.
16/6, ÍLHAVO: no Rádio Faneca sobre ‘A Revolução Antes da Revolução’. 22/6, AVEIRO: na Feira do Livro de Aveiro sobre ‘A Revolução Antes da Revolução’ com Carlos Vaz Marques.
